sábado, 13 de junho de 2009

boas estórias merecem ser compartilhadas....

ontem foi aniversário da minha cunhada maravilhosa, inteligente, divertida e escritora Flávia "Dona Farta " Aguilhar (vale sempre uma visita ao site dela: http://donafarta.blogspot.com) e como sempre muita conversa, muito riso e estórias. como a idéia é compartilhar coisas boas, deixo para vocês esta estória fantástica, contada pela "Dona Farta". Aproveitem...
Tivemos uma infância extremamente simples, mas foi uma infância feliz... Bons tempos em que precisávamos apenas de um quintal pra brincar e descobrir o mundo...
Morávamos numa casa simples de 3 cômodos, e como o terreno era grande, tínhamos um quintal imenso, com mato, terra, pedra, e até um poço! Havia um pequeno pedaço do quintal cimentado, protegido por uma cerquinha de madeira, onde minha mãe estendia roupa lavada, onde havia o nosso balanço de metal, e onde passávamos a maior parte do dia, brincando e aprontando...
Minha irmã Silvia sempre foi muito mais "esperta" do que eu... Apesar de ser um ano e meio mais nova, ela sempre foi muito "espoleta", era magrelinha então tinha facilidade de subir aqui, se pendurar acolá, correr, etc... Já eu sempre fui meio "tchonga", sempre fui meio "lerda"... rsrs... Era gorduchinha, não tinha muita agilidade, era medrosa e uma "manteiga derretida"...
Mesmo com essas diferenças gritantes, eu e a Silvia éramos muito parecidas quando crianças, e minha mãe, é claro, costumava nos vestir iguais... me lembro que sempre quando saíamos alguém vinha e perguntava: "São gêmeas"?
Também éramos (e somos até hoje) muito diferentes na personalidade, mas isso nunca foi obstáculo para que fôssemos extremamente próximas, pelo contrário... pode até ser que isso tenha nos ajudado a ser tão amigas, como se uma completasse a outra.
Normalmente, casas onde existem muitos irmãos são também palco de brigas frequentes, brigas de irmãos são coisas super comuns, mas nunca foram comuns na nossa casa. Por alguma razão meio difícil de explicar, e também por mérito dos nossos pais, que souberam nos educar de maneira brilhante (dadas as condições), nunca tivemos uma briga feia, raríssimas vezes discutimos, e o clima de paz sempre reinou entre as "Irmãs Aguilhar", apesar de tantas diferenças...
Cuidávamos umas das outras, e é assim até hoje.
Na época da história do caroço de ameixa, eu devia ter uns 5 ou 6 anos, e a Silvia uns 4 ou 5, não lembro com precisão. A Cátia (minha terceira irmã) era bebê ainda, devia ter pouco mais de 1 aninho, então as tardes no quintal eram uma exclusividade minha e da Silvia, estávamos sempre grudadas, inventando alguma brincadeira inimaginável, enquanto minha mãe estava envolta nos afazeres domésticos e nos cuidados com a bebê.
Certo dia, estávamos lá no quintal tentando inventar algo novo... Não tínhamos quase nenhum brinquedo, então tínhamos que brincar com os materiais disponíveis no quintal - terra, mato, pedras, etc... Um garoto vizinho juntou-se a nós e trouxe um punhado de caroços de ameixa, já secos, e ficamos ali tentando inventar algo com aquela "novidade"... Gostávamos da sensação do caroço de ameixa nas mãos, aquela coisa meio escorregadia, aquele caroço tão perfeitamente ovalado, e nem me lembro qual foi a brincadeira, só sei que os caroços de ameixa fizeram da nossa tarde uma festa.
Logo o menino vizinho foi embora, e novamente ficamos só eu e a Silvia... Caroço de ameixa pra cá, caroço de ameixa pra lá, e a Silvia então teve a brilhante idéia de ver se o caroço cabia no nariz dela. Coisa de criança, ela simplesmente pegou o caroço de ameixa e enfiou no nariz, assim, sem titubear! Eu, a medrosa "tchonga", claro que não me aventurei nessa "experiência", mas fiquei olhando, e vi o caroço deslizar suavemente para dentro do nariz da minha irmã, ao mesmo tempo em que se formou uma enorme protuberância ao lado de sua narina...
A princípio, a Silvia riu, e eu também ri. Foi mesmo engraçado, o caroço "mergulhou" nariz adentro, sem esboçar a mínima resistência. Mas aí veio o momento: "Vamos tirar!"...
E quem é que disse que conseguiríamos tirar o caroço de ameixa do nariz??? Claro que era quase impossível, justamente pelo formato ovalado do "objeto", associado ao fato de ser totalmente escorregadio. Primeiro, a Silvia tentou puxar, sem sucesso... Daí foi a minha vez, e quanto mais eu tentava encostar o dedo e formar uma garrinha pra puxar o caroço, mais ainda ele mergulhava narina adentro... Olhamos uma pra cara da outra com aquela pergunta velada: "E agora?"...
Eu, claro, já estava quase chorando, morrendo de medo de aquilo fazer mal pra minha irmã, e morrendo de medo também da reação da minha mãe quando soubesse da "arte" que tínhamos aprontado... Daí eu tive uma última idéia brilhante, que seria a nossa salvação:
"_ Silvia, se você "assoar" o nariz, pode conseguir botar o caroço pra fora! Vamos tentar?", e ela na maior tranquilidade (era eu que estava nervosa!), fez que sim com a cabeça.
Um, dois, três, e... "assoa!"...
Minha irmã se preparou para dar "aquela assoada", e então, achando que estava fazendo a coisa certa, pronta para ver o caroço voar, deu uma enorme INspirada, daquelas de encher completamente o pulmão de ar... Ela fez o processo inverso, e com isso ao invés de expelir o caroço fez com que ele entrasse ainda mais na sua narina, de modo que a pontinha nem estava mais visível...
Daí eu me desesperei... Falei: "Silvia, e agora??? Esse caroço não vai sair nunca mais do seu nariz! Agora não dá mais pra puxar!!!"... Ela ainda estava calma, embora o ar faceiro tenha imediatamente desaparecido de seu rosto... Ficamos ali, alguns instantes, olhando uma pra outra, sem saber o que fazer... Pensei que talvez não fosse tão grave assim, e resolvi ir consultar a minha mãe, que estava no tanque esfregando roupa:
"_ Mãããããeeee (a voz já meio embargada pelo choro iminente)... mãe..."
"_ Ai ai ai, o que é menina? Não tá vendo que eu tô lavando roupa?"
"_ Mãe, eu queria saber uma coisa. Se uma pessoa enfiar um caroço de ameixa no nariz, ela morre?"
Minha mãe deu uma olhadela de lado pra mim, aquele olhar meio enviezado de quem tem muitas coisas pra fazer e não tem muito tempo pra perder com curiosidade infantil, e respondeu, brava:
"_ Claro que morre, Flávia! Mas quem é que vai enfiar um caroço de ameixa no nariz?"
"_ Buáááááááááá (eu, já em prantos)... Mãe, então a Silvia vai morrer!!!"
Só aí a minha mãe largou a roupa, endireitou o corpo, olhou pra mim e disse:
"_ O que é que você tá falando, menina? Quem vai morrer???"
"_ A Silvia, mãe... buáááááá... a Silvia vai morrer, porque ela enfiou um caroço de ameixa no nariz, e agora não sai!!! Buáááááá"
Minha mãe então, batendo o pé, largou o serviço dela e foi em direção ao quintal, onde a Silvia estava sentada num canto, com a maior cara de "paisagem"... Então minha mãe olhou, viu a protuberância exterior formada pelo caroço enfiado no nariz, levantou a cabeça dela, olhou pelo buraco da narina, e exclamou:
"_ Minha Nossa Senhora de Aparecida! O que vocês fizeram, meninas? Perderam o juízo???"
Eu só fazia chorar, e a Silvia continuava lá, como se nem fosse com ela... Não sei se minha mãe ficou mais nervosa com a situação do caroço ou com o meu drama, mas ela ficou brava pra valer... tentou fazer a Silvia "assoar" o nariz mais uma vez, brigou porque ela não sabia fazer do jeito certo, e então simplesmente disse:
"_ Teremos que esperar seu pai chegar do serviço pra ver o que vamos fazer."
E eu, no maior berreiro:
"_ Mas mãe, e se ela morrer??? A senhora não disse que quem enfia um caroço de ameixa no nariz morre, mãe? Então, ela vai morrer! Eu não quero que ela morra!"
Aí foi que minha mãe nos acalmou, disse que não era assim também, que a Silvia não ia morrer de uma hora pra outra, e que teríamos mesmo que esperar meu pai chegar pra resolver a situação...
Foram as horas mais longas da minha infância, eu acho... Eu me sentia meio culpada por ter deixado minha irmã fazer aquilo, e de certa forma até ter estimulado, já que fiquei curiosamente assistindo... Tinha medo (ah, que inocência!), que ela morresse mesmo, vejam só!!!
Mais tarde meu pai chegou, pegou minha mãe e a Silvia e foram ao Hospital. O caroço de ameixa foi imediatamente retirado por um enfermeiro com uma pinça, e em pouco tempo eles estavam de volta, a Silvia saltitando como se aquilo tivesse sido uma grande aventura, e eu ainda em estado de choque, ainda meio chorosa, ainda com medo da história do "morrer"...
Obviamente, ninguém morreu, e nada mais grave aconteceu. A Silvia continuou aprontando todas, eu continuei ajudando, estimulando, encobrindo... e assim termina A História do Caroço de Ameixa no Nariz, apenas uma das muitas histórias que permearam a nossa infância, e das quais me lembro em detalhes, como se tivesse acontecido ontem...
Que delícia é lembrar! Mas, não custa avisar: "Jamais enfiem um caroço de ameixa no nariz!"

sábado à toa...


corrida e caminhada: uma boa idéia e uma boa ação!


CAMINHADA CONTRA O CÂNCER DE MAMA ETAPA SÃO PAULO TEM INSCRIÇÕES ABERTAS - A etapa da Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama do IBCC - Etapa São Paulo, será realizada no dia 09 de agosto, no Ibirapuera. O evento contará com a participação de homens e mulheres para ambas as modalidades.
O percurso será de aproximadamente 5.000m para a corrida e para a caminhada. A largada será em frente à Assembléia Legislativa, próximo ao Parque do Ibirapuera. Os interessados já podem confirmar sua presença fazendo a inscrição pelo site do evento.
Os organizadores abriram 6 (seis) mil vagas (3 mil para a corrida e 3 mil para a caminhada) e as inscrições custam R$ 35,00 (para a corrida e para caminhada) e podem ser feitas pela internet até o dia 01 de agosto (ou até o número limite de participantes) no site http://www.ibcc.org.br/.
No dia do evento serão premiados os cinco primeiros lugares nas categorias feminina e masculina, conforme regulamento.
A iniciativa da Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” busca mobilizar a população a participar do evento e com isso promover a conscientização sobre os cuidados com a saúde da mulher e a detecção precoce da doença.
A Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama do IBCC tem como organização da Pratike e Yescom, com supervisão da CBAt e FPA.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

trilhas de são paulo


A Secretaria do Meio Ambiente lançou no último dia 28 de janeiro, a primeira fase do Programa “Trilhas de São Paulo” - ação pioneira que já mapeou mais de 200 km de trilhas em áreas protegidas do Estado. E para despertar a vontade de percorrer cada uma destas áreas naturais, a SMA e a Fundação Florestal criaram o "Passaporte para as Trilhas de São Paulo". As 40 trilhas classificadas em níveis baixo, médio e alto, estão mapeadas em um caderno de bolso, similar a um passaporte, vendido por R$ 5 na sede dos parques. O passaporte é um livrinho de bolso que traz um glossário e informações de cada um dos roteiros, com características e localização, mapa da área e nível de dificuldade do percurso (levando em conta tempo gasto para percorrê-lo, extensão, desnível, dificuldade do terreno e da atividade). Um carimbo atesta a presença em cada uma das trilhas. Cada etapa percorrida dará direito a prêmios. Veja a relação das trilhas e confira depois no passaporte o nível de dificuldade de cada uma:

Parque Estadual das Fontes do Ipiranga – Trilha da Nascente do Riacho do Ipiranga (São Paulo)

Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade – Trilha da Saúde (Rio Claro)

Parque Ecológico do Guarapiranga – Trilha da Vida (sensorial) (São Paulo)

Parque Estadual de Porto Ferreira – Trilha das Árvores Gigantes (Porto Ferreira)

Parque Estadual do Itinguçu – Trilha do Itinguçu (Iguape)

Floresta Estadual de Assis – Trilha do Lago (Assis)

Parque Estadual da Serra do Mar – Trilhas de Passareúva, do Rio Paraibuna, da Pirapitinga, da
Praia Brava da Almada, das Cachoeiras, do Garcez, do Mirante, do Poção, Caminhos do Mar, do Corisco e Rafting no Rio Paraibuna (Caraguatatuba, Cunha, São Paulo, Cubatão e São Bernardo do Campo, Ubatuba, São Luís do Paraitinga e Natividade da Serra)

Parque Estadual do Jaraguá – Trilhas do Silêncio e do Pai Zé (São Paulo)

Parque Estadual de Vassununga – Trilha dos Jequitibás (Santa Rita do Passa Quatro)

Parque Estadual da Cantareira – Trilhas da Cachoeira e da Pedra Grande (São Paulo)

Parque Estadual da Ilha Anchieta – Trilhas da Praia do Sul, do Saco Grande e Subaquática (Ubatuba)

Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – Petar
– Trilha do Betari (Apiaí e Iporanga)

Parque Estadual Intervales – Trilhas do Mirante da Anta e Divisor das Águas (Ribeirão Grande)

Parque Estadual do Morro do Diabo – Trilha do Morro do Diabo (Teodoro Sampaio)

Parque Estadual da Ilha do Cardoso – Trilhas do Poço das Antas e das Piscinas da Lage (Cananéia)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

filmes inesquecíveis: machuca

eu queria falar do filme "o curioso caso de benjamin button", mas ainda preciso fazer mais algumas reflexões (não que este processo seja revertido em um bom texto...), que é um bom filme, e que está em cartaz e talvez seja um dos grandes vencedores do oscar, mas lembrei do filme "machuca". o nome é em princípio meio estranho, mas quem assistir vai entender bem a licença poética. é um filme belíssimo, uma estória que faz a gente pensar em uma série de coisas, uma estória bonita....até triste....mas bonita, que dá vontade de chorar.....ou ao menos se emocionar. um resumo: em meio ao conturbado momento da política socialista do Chile (1973), na transição do governo de esquerda de Allende e a chegada da ditadura do general Pinochet, o diretor de um tradicional colégio católico de elite, o fantástico padre McEnroe (Ernesto Malbran), decide abrir as portas da escola para receber crianças de um povoado ilegal vizinho. o desejo de unir dois mundos, tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo, desencadeia reações agressivas de pais e estudantes do colégio, mas também faz nascer a amizade entre Machuca (acho que todo mundo queria ser o machuca...), sobrenome do humilde Pedro (Ariel Mateluna), e o aluno rico Gonzalo Infante (Matias Quer). a dupla, então, tem a oportunidade de explorar as diferenças entre os estilos de vida das respectivas famílias e das regiões em que vivem. o filme aborda também a violenta época do golpe de 11 de setembro, liderado por Augusto Pinochet, marcando o fim do período esquerdista de Salvador Allende. mas o filme é muito mais do que um enredo de disputa política, pode ser visto sob o aspecto da tão discutida inclusão social, mas principalmente, pelas relações, pelas descobertas, pela amizade e pelas escolhas e leituras de mundo.

expectativas....


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz

a estória que eu ouvi diz que o otavio roth, escritor-menino, escreveu este poema "duas dúzias de coisinhas à toa", e depois escreveu também "outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz", mas nem teve tempo de ver os livros publicados, porque morreu antes.
que pena...
ficou o presente prá gente rir e se emocionar...lembrar das coisas simples e gostosas...e compartilhar com quem a gente gosta.

Passarinho na janela
Pijama de flanela
Brigadeiro na panela
Gato andando no telhado
Cheirinho de mato molhado
Disco antigo sem chiado
Pão quentinho de manhã
Dropes de hortelã
O grito do Tarzan
Tirar sorte no osso
Jogar pedrinha no poço
Um cachecol no pescoço
Papagaio que conversa
Pisar em tapete persa
Eu te amo e vice-versa
Vaga-lume aceso na mão
Dias quentes de verão
Descer pelo corrimão
Almoço de domingo
Revoada de flamingo
Herói que fuma cachimbo
Anãozinho no jardim
Lacinho de cetim
Terminar o livro assim

Marvin Gaye - Mercy Mercy Me

corrida e lazer: que tênis usar?


para correr, bom mesmo é calçar um tênis rodado. quem garante é o doutor em biomecânica Júlio Cerca Serrão. O pesquisador elaborou uma tese de doutorado sobre calçados esportivos e continua pesquisando o tema no Laboratório de Biomecânica da Universidade de São Paulo (USP). "fizemos testes de zero a mil quilômetros e os tênis continuavam funcionando perfeitamente". isto é, a proteção contra o impacto continuava intacta, mesmo depois dos 600 quilômetros, marca em que os corredores costumam aposentar os calçados."ao final, só houve um problema: eles estavam meio sujos e feios", brinca o especialista.

a pesquisa ainda mostrou que a área de contato entre a planta do pé e a palmilha do calçado aumentou 12% do zero aos 100 quilômetros. "com o tempo de uso, o tênis vai se desgastando e se acomodando ao pé", explica Serrão. "o ajuste melhora a resposta biomecânica, diminui a pressão e aumenta o desempenho do atleta", resume.

a diferença entre impacto e pressão

impacto é a força de reação do solo exercida sobre o calcanhar, o primeiro a se encostar no chão. ele repercute nas pernas e nos quadris. o tênis, velho ou novo, se for de boa marca, confere proteção, mas não elimina o impacto por completo.

pressão é a forma como o impacto é distribuído na planta do pé. quanto maior a área, menor a pressão. em média, a área de contato entre uma palmilha bem usada e o pé é 5,6 centímetros quadrados maior em relação às mais novas. ou seja, o tênis velho reduz a pressão.

sabe aquela idéia de que o tênis confere uma espécie de proteção mágica? "Não é bem assim", diz o professor Serrão. o impacto depende não só do calçado mas também do tipo de piso e do padrão de movimento da pessoa — se ela flexiona ou não os joelhos na aterrissagem, por exemplo. hoje em dia tem até muita gente treinando sem tênis numa boa. "O exercício deixa a musculatura do pé mais ativa e ajuda a formar o arco plantar", aprova Serrão.

muitos corredores têm o hábito de deixar o tênis "descansar" para evitar o chamado “bottom-up” — a compactação do material do solado causada pelos saltos. tanto zelo com o calçado é desnecessário, mas com o nosso corpo... "todo mundo se preocupa com o tênis e se esquece de cuidar de si", lamenta Júlio Serrão. o tênis tira dia de folga, mas o corredor não. "em geral as fraturas por estresse são causadas pelo excesso de treino, isto é, por sobrecarga mecânica repetitiva", segundo a professora de educação física e técnica de corrida Silvia Aguilhar. “o ser humano tem a biomecânica adequada para correr e suportar o impacto gerado pela corrida”, afirma a professora. “o problema é que o corredor muitas vezes treina de forma inadequada, aumentando muito o volume (distância a ser percorrida ou quantidade de dias de treinamento na semana) ou a intensidade (velocidade da corrida) de forma desproporcional, ou às vezes sem ter condições de suportar a quantidade de trabalho a ser realizado. e sem falar no repouso, na ausência de atividades, período necessário e fundamental para garantir a qualidade do treinamento, assim como a saúde e o bem-estar pessoal”.

o tênis considerado ótimo por alguém pode gerar problemas em outra pessoa cujo formato do pé leva a atritos com a costura. para a professora Silvia Aguilhar,"não adianta se forçar a usar um tênis porque ele é bom, porque ele é o mais vendido. o tênis tem que se adequar ao seu pé".

"os tênis mais modernos são baseados em pesquisas sobre calçado inteligente, por isso são mais caros, mas achar que um tênis de R$ 1.200 tem um preço proporcional à proteção que oferece é muito otimismo", diz Serrão

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

cultura e lazer: dica de filme


a felicidade não se compra.
belíssimo filme....
resumo da estória: George Bailey (James Stewart), nasceu e passou toda a vida na cidade de Bedford Falls. seu sonho era sair da cidade, viver aventuras, descobrir novos lugares e ajudar a construir um mundo melhor. mas, como sempre pensava primeiro em ajudar os outros, nunca conseguiu sair da cidade. vendo que as pessoas conseguiram se tornar bem sucedidas e realizarem seus sonhos fora da cidade, George se sente cansado e frustrado com a sua vida. na noite de Natal, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, quando é salvo pela presença de um anjo, Clarence (Henry Travers), que espera há 220 anos para ganhar asas e é enviado à Terra para tentar fazer George mudar de idéia, demonstrando sua importância através de flashbacks.
um filme que parte da idéia de que nossa existência é fundamental para o equilíbrio e para a felicidade de muitas outras vidas.

mil palavras


....a vida é feita de momentos...