quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

filmes inesquecíveis: machuca

eu queria falar do filme "o curioso caso de benjamin button", mas ainda preciso fazer mais algumas reflexões (não que este processo seja revertido em um bom texto...), que é um bom filme, e que está em cartaz e talvez seja um dos grandes vencedores do oscar, mas lembrei do filme "machuca". o nome é em princípio meio estranho, mas quem assistir vai entender bem a licença poética. é um filme belíssimo, uma estória que faz a gente pensar em uma série de coisas, uma estória bonita....até triste....mas bonita, que dá vontade de chorar.....ou ao menos se emocionar. um resumo: em meio ao conturbado momento da política socialista do Chile (1973), na transição do governo de esquerda de Allende e a chegada da ditadura do general Pinochet, o diretor de um tradicional colégio católico de elite, o fantástico padre McEnroe (Ernesto Malbran), decide abrir as portas da escola para receber crianças de um povoado ilegal vizinho. o desejo de unir dois mundos, tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo, desencadeia reações agressivas de pais e estudantes do colégio, mas também faz nascer a amizade entre Machuca (acho que todo mundo queria ser o machuca...), sobrenome do humilde Pedro (Ariel Mateluna), e o aluno rico Gonzalo Infante (Matias Quer). a dupla, então, tem a oportunidade de explorar as diferenças entre os estilos de vida das respectivas famílias e das regiões em que vivem. o filme aborda também a violenta época do golpe de 11 de setembro, liderado por Augusto Pinochet, marcando o fim do período esquerdista de Salvador Allende. mas o filme é muito mais do que um enredo de disputa política, pode ser visto sob o aspecto da tão discutida inclusão social, mas principalmente, pelas relações, pelas descobertas, pela amizade e pelas escolhas e leituras de mundo.

expectativas....


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz

a estória que eu ouvi diz que o otavio roth, escritor-menino, escreveu este poema "duas dúzias de coisinhas à toa", e depois escreveu também "outras duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz", mas nem teve tempo de ver os livros publicados, porque morreu antes.
que pena...
ficou o presente prá gente rir e se emocionar...lembrar das coisas simples e gostosas...e compartilhar com quem a gente gosta.

Passarinho na janela
Pijama de flanela
Brigadeiro na panela
Gato andando no telhado
Cheirinho de mato molhado
Disco antigo sem chiado
Pão quentinho de manhã
Dropes de hortelã
O grito do Tarzan
Tirar sorte no osso
Jogar pedrinha no poço
Um cachecol no pescoço
Papagaio que conversa
Pisar em tapete persa
Eu te amo e vice-versa
Vaga-lume aceso na mão
Dias quentes de verão
Descer pelo corrimão
Almoço de domingo
Revoada de flamingo
Herói que fuma cachimbo
Anãozinho no jardim
Lacinho de cetim
Terminar o livro assim

Marvin Gaye - Mercy Mercy Me

corrida e lazer: que tênis usar?


para correr, bom mesmo é calçar um tênis rodado. quem garante é o doutor em biomecânica Júlio Cerca Serrão. O pesquisador elaborou uma tese de doutorado sobre calçados esportivos e continua pesquisando o tema no Laboratório de Biomecânica da Universidade de São Paulo (USP). "fizemos testes de zero a mil quilômetros e os tênis continuavam funcionando perfeitamente". isto é, a proteção contra o impacto continuava intacta, mesmo depois dos 600 quilômetros, marca em que os corredores costumam aposentar os calçados."ao final, só houve um problema: eles estavam meio sujos e feios", brinca o especialista.

a pesquisa ainda mostrou que a área de contato entre a planta do pé e a palmilha do calçado aumentou 12% do zero aos 100 quilômetros. "com o tempo de uso, o tênis vai se desgastando e se acomodando ao pé", explica Serrão. "o ajuste melhora a resposta biomecânica, diminui a pressão e aumenta o desempenho do atleta", resume.

a diferença entre impacto e pressão

impacto é a força de reação do solo exercida sobre o calcanhar, o primeiro a se encostar no chão. ele repercute nas pernas e nos quadris. o tênis, velho ou novo, se for de boa marca, confere proteção, mas não elimina o impacto por completo.

pressão é a forma como o impacto é distribuído na planta do pé. quanto maior a área, menor a pressão. em média, a área de contato entre uma palmilha bem usada e o pé é 5,6 centímetros quadrados maior em relação às mais novas. ou seja, o tênis velho reduz a pressão.

sabe aquela idéia de que o tênis confere uma espécie de proteção mágica? "Não é bem assim", diz o professor Serrão. o impacto depende não só do calçado mas também do tipo de piso e do padrão de movimento da pessoa — se ela flexiona ou não os joelhos na aterrissagem, por exemplo. hoje em dia tem até muita gente treinando sem tênis numa boa. "O exercício deixa a musculatura do pé mais ativa e ajuda a formar o arco plantar", aprova Serrão.

muitos corredores têm o hábito de deixar o tênis "descansar" para evitar o chamado “bottom-up” — a compactação do material do solado causada pelos saltos. tanto zelo com o calçado é desnecessário, mas com o nosso corpo... "todo mundo se preocupa com o tênis e se esquece de cuidar de si", lamenta Júlio Serrão. o tênis tira dia de folga, mas o corredor não. "em geral as fraturas por estresse são causadas pelo excesso de treino, isto é, por sobrecarga mecânica repetitiva", segundo a professora de educação física e técnica de corrida Silvia Aguilhar. “o ser humano tem a biomecânica adequada para correr e suportar o impacto gerado pela corrida”, afirma a professora. “o problema é que o corredor muitas vezes treina de forma inadequada, aumentando muito o volume (distância a ser percorrida ou quantidade de dias de treinamento na semana) ou a intensidade (velocidade da corrida) de forma desproporcional, ou às vezes sem ter condições de suportar a quantidade de trabalho a ser realizado. e sem falar no repouso, na ausência de atividades, período necessário e fundamental para garantir a qualidade do treinamento, assim como a saúde e o bem-estar pessoal”.

o tênis considerado ótimo por alguém pode gerar problemas em outra pessoa cujo formato do pé leva a atritos com a costura. para a professora Silvia Aguilhar,"não adianta se forçar a usar um tênis porque ele é bom, porque ele é o mais vendido. o tênis tem que se adequar ao seu pé".

"os tênis mais modernos são baseados em pesquisas sobre calçado inteligente, por isso são mais caros, mas achar que um tênis de R$ 1.200 tem um preço proporcional à proteção que oferece é muito otimismo", diz Serrão

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

cultura e lazer: dica de filme


a felicidade não se compra.
belíssimo filme....
resumo da estória: George Bailey (James Stewart), nasceu e passou toda a vida na cidade de Bedford Falls. seu sonho era sair da cidade, viver aventuras, descobrir novos lugares e ajudar a construir um mundo melhor. mas, como sempre pensava primeiro em ajudar os outros, nunca conseguiu sair da cidade. vendo que as pessoas conseguiram se tornar bem sucedidas e realizarem seus sonhos fora da cidade, George se sente cansado e frustrado com a sua vida. na noite de Natal, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, quando é salvo pela presença de um anjo, Clarence (Henry Travers), que espera há 220 anos para ganhar asas e é enviado à Terra para tentar fazer George mudar de idéia, demonstrando sua importância através de flashbacks.
um filme que parte da idéia de que nossa existência é fundamental para o equilíbrio e para a felicidade de muitas outras vidas.

mil palavras


....a vida é feita de momentos...